Consultora Marina Corrijo
A Síndrome de Burnout é um estado de fadiga física e mental que a pessoa vivencia no trabalho. Durante esses episódios, o profissional se sente incapaz de se concentrar, memorizar e realizar tarefas. Desaponta como consequência de um longo processo de relação do indivíduo com fatores estressantes, culminando em seu adoecimento e em uma queda no seu desempenho profissional. Seus sintomas são físicos (dores musculares, fadiga, cefaleia), psíquicos (falta de atenção, irritação, solidão, desanimo) e comportamentais (negligência em modo geral, aumento do consumo de substâncias ilícitas, perda do interesse por atividades que gostava).
De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), a Síndrome do Burnout é definida como “[...] resultante do estresse crônico no local de trabalho que não foi gerenciado com sucesso”. É importante ressaltar que a OMS não classifica a Síndrome de Burnout como uma condição de saúde, mas sim como um fenômeno ocupacional. Entretanto, ao ser diagnosticada por um médico, essa pode se tornar uma causa oficial para faltas justificadas ao trabalho e, dependendo da seriedade dos sintomas, até mesmo, para afastamento total das atividades laborais por tempo indeterminado.
O tratamento da Síndrome de Burnout depende de como será a sua evolução. Os tratamentos se dão por acompanhamento terapêutico de profissionais de psicologia e em casos específicos em que são desenvolvidos sintomas adjacentes, como por exemplo, transtornos de ansiedade generalizada, por psiquiatras.
As causas do Burnout, incluem: jornadas de trabalho longa e cansativa; realização de atividades em situação ou local de risco;acúmulo de funções; excesso de horas extras ou levar trabalho para casa devido ao excesso de tarefas e prazos apertados;excesso de cobranças, críticas e julgamentos;conflitos que podemdeixar o clima organizacional tenso eambiente de trabalho sem os equipamentos e materiais necessários para a realização das atividades do profissional.
Sendo assim, as organizações devem criar um ambiente de trabalho humanizado, empático e acolhedor capaz de proporcionar conforto e satisfação profissional aos seus colaboradores. Através de novas ações, como por exemplo, criando normas internas de conduta, adotando fluxos de trabalho, jornadas flexíveis, rotatividade de atividade e cobrança de metas coerentes com a realidade. Além disso, a criação de uma cultura de feedbacks dos funcionários pode ser uma ação positiva para ambas as partes. Por fim, é importante a disponibilidade e o acompanhamento do psicólogo organizacional para desenvolver, junto aos colaboradores, ações com foco em desenvolvimento pessoal, inteligência emocional, saúde mental e qualidade de vida.